quinta-feira, 1 de abril de 2010

Augusto dos Anjos

Augusto dos Anjos um dos caras que fazem parte destes ultimos meses.
suas obras sao realmente muito boas eu recomendo.
nao falando do amor em sua forma solida mas sim na forma real.
assim como outros temas abordados como religião e outras causas sociais do começo do seculo XX.



Como um fantasma que se refugia
Na solidão da natureza morta,
Por trás dos ermos túmulos, um dia,
Eu fui refugiar-me à tua porta!

Fazia frio e o frio que fazia
Não era esse que a carne nos contorta...
Cortava assim como em carniçaria
O aço das facas incisivas corta!

Mas tu não vieste ver minha Desgraça!
E eu saí, como quem tudo repele,
-- Velho caixão a carregar destroços --

Levando apenas na tumba carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos!

Solitario - Augusto dos Anjos

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